Durante muitos anos permaneceu o mistério de que um homem vestido de mulher embarcou num dos botes salva-vidas. O nome de quatro sobreviventes veio a lume nesta acusação. Um deles fora vítima de um jornalista a quem recusara uma entrevista, outro um político importante vítima de acusações de um opositor, outro ainda vítima da bisbilhotice da sociedade por ter deixado o Titanic antes da esposa. Contudo um nome ficou esquecido, Daniel Buckley, um jovem irlandês de 21 anos. Daniel assumiu livremente que embarcou no bote salva-vidas 13 escondendo-se por baixo dos acentos, uma senhora a bordo cobriu-lhe a cabeça com um xaile de forma a que se parecesse com uma mulher, Daniel faleceu em 1918 ao serviço da Primeira Guerra Mundial. Contudo aqui fica uma carta tornada pública e editada no livro A Night to Remember de Walter Lord (públicado pela editora portuguesa Editorial Presença com o título A Tragédia do Titanic).
"Caro.........
Tenho na minha frente a informação de que tentaste forçar a entrada num dos salva-vidas... e de que quando foste mandado para trás pelo Major Butt, passaste pela multidão, desapareceste, e que passados momentos foste visto a sair do camarote vestido com roupas de mulher, reconhecidas por serem peças de vestuário que a tua mulher tinha utilizado durante a viagem. Não consigo perceber como podes andar de cabeça levantada e considerar-te um homem entre homens, sabendo que tudo o que te sai da boca é mentira. Se a tua consciência te pesar depois de leres esta carta, o melhor é contares a verdade. Não há nada mais verdadeiro do que o velho ditado, «Confessar faz bem à alma».
Teu dedicado, ........................."
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