Foi preciso esperar 90 anos, usar a mais avançada tecnologia de DNA e contar com a ajuda de uma equipe de documentaristas para que a "criança desconhecida" que morreu no naufrágio do Titanic fosse finalmente identificada. O mistério permanecia desde 1912, quando a tripulação do navio de resgate canadense Mackay-Bennett encontrou o corpo de um bebê de cabelos claros, poucos dias depois do desastre com o transatlântico, que matou 1.517 pessoas. Especialistas determinaram que se trata de Eino Viljami Panula, que tinha 13 meses de idade no dia 15 de abril de 1912, quando o naufrágio ocorreu. Sua mãe e quatro irmãos, todos finlandeses, também morreram no acidente. Como o menino não foi identificado, os tripulantes decidiram levar o corpo para Halifax e pagar por um enterro digno. O pequeno caixão foi sepultado em uma colina no cemitério Fairview Lawn, junto com outras 120 vítimas. A lápide, que atrai a atenção de muitos visitantes, diz simplesmente "criança desconhecida".
Parentes do menino chegaram nesta semana a Halifax para visitar o túmulo de Eino. Magda Schleifer, 68, disse que sempre soube que seu primo de segundo grau havia morrido no naufrágio, mas para ela a sensação de perda se tornou mais real a partir do resultado dos exames de sangue. Eino viajava para os Estados Unidos com a mãe e os irmãos a fim de encontrar o pai, que trabalhava na Pensilvânia. Na Finlândia, a família nunca foi avisada da identificação de qualquer dos corpos.
No começo do mês passado os produtores da série de televisão "Segredos dos Mortos" entraram em contato com Magda Schleifer perguntando se ela poderia doar um pouco de sangue para um exame de DNA. A mulher nunca tinha ouvido falar da "criança desconhecida", mas se dispôs a ajudar, especialmente ao perceber que o menino morto teria na época a mesma idade que hoje tem sua neta, que também viajou a Halifax.
A família decidiu que os restos do menino vão permanecer em Halifax. "A criança foi bem cuidada aqui, sua memória foi mantida viva, então por que mudar?", disse Magda. O documentário "Fantasmas do Titanic" será apresentado em 20 de novembro pela TV pública norte-americana. Ele foi produzido em associação com o Channel Four britânico e com o canal National Geographic.
Parentes do menino chegaram nesta semana a Halifax para visitar o túmulo de Eino. Magda Schleifer, 68, disse que sempre soube que seu primo de segundo grau havia morrido no naufrágio, mas para ela a sensação de perda se tornou mais real a partir do resultado dos exames de sangue. Eino viajava para os Estados Unidos com a mãe e os irmãos a fim de encontrar o pai, que trabalhava na Pensilvânia. Na Finlândia, a família nunca foi avisada da identificação de qualquer dos corpos.
No começo do mês passado os produtores da série de televisão "Segredos dos Mortos" entraram em contato com Magda Schleifer perguntando se ela poderia doar um pouco de sangue para um exame de DNA. A mulher nunca tinha ouvido falar da "criança desconhecida", mas se dispôs a ajudar, especialmente ao perceber que o menino morto teria na época a mesma idade que hoje tem sua neta, que também viajou a Halifax.
A família decidiu que os restos do menino vão permanecer em Halifax. "A criança foi bem cuidada aqui, sua memória foi mantida viva, então por que mudar?", disse Magda. O documentário "Fantasmas do Titanic" será apresentado em 20 de novembro pela TV pública norte-americana. Ele foi produzido em associação com o Channel Four britânico e com o canal National Geographic.
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