Agradecimento

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

EVA HART



Eva tinha apenas sete anos na noite do naufrágio do Titanic, ela viajava com o seu pai Benjamin e sua mãe Esther em 2ªclasse. Eva contribuiu bastante com o seu testemunho e foi das muitas pessoas que afirmou que o navio se partiu em dois:
«Assisti aquele horror e mantenho desde aquela noite até hoje que o navio se partiu ao meio quando se afundou. Estou convicta disso. Sei que é verdade...»
Eva guardou para sempre na memória a última imagem do seu pai:
«O meu pai pôs-me a mim e à minha mãe num bote. Afastou-se e ajudou outras pessoas a embarcar. Não fez qualquer tentativa para entrar. Nem tentou. O bote foi descido comigo aos gritos porque percebi que o meu pai não ia. (...) Estava petrificada mas não tirava os olhos dele...»
No pensamento ficou-lhe o que teria acontecido ao seu pai. Ela lembrava-se dos gritos horrorosos no escuro daqueles que ficaram na água gelada e do silêncio sinistro que se seguiu.
«O horror das pessoas a afogarem-se é algo impossível de descrever...»
Agora muita coisa fazia sentido na sua cabeça com apenas sete anos de idade. Ela lembrava-se que a sua mãe não dormiu uma noite no Titanic, pressentia algo de terrível...
«Quando o meu pai disse à minha mãe que o navio era inafundável ela retorquiu: - Isso é um desafio a Deus. (...) A minha mãe perguntou: - Se há correntes geladas, não poderá haver icebergs?»
Eva Hart faleceu em Fevereiro de 1996. Hoje uma placa em memória do seu pai e de todos os que faleceram naquela noite encontra-se nos destroços do Titanic. Para sempre ficam as suas palavras editadas num post anterior:
«Era um navio lindíssimo. Era maravilhoso. E é assim que devemos recordá-lo.»

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